quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Fim Infinito






Foto: Sebastião Salgado

























A minha carne entregou-se aos devaneios
E do receio ergui meu risco.
Desfiz meu riso.
E a vida pregava-me uma peça
O que o tempo demorava
Era o que eu tinha de pressa
Mas a sua soberba não permitia conversa
E a solidão é a condição que me resta.
Mas, e enfim conquistei a liberdade,
Ainda que presa em teu querer.
E ao final dos mil perdões,
Perdoou-me por não te trair.
Pois fim de quem ama,
Será de todo pensamento.
E em cada drama,
Hei de lembrar das derradeiras noites,
Postados a cama.
Disperso ao que foi do mundo,
Fiz infinito ao que foi de seu.


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