quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Mais-valia




Foto: Mario Cravo Neto

E o que sustenta meu pranto, é quando
Mais-valia é ter, do que encanto
Por enquanto, mas não
Nesse instante,
Serei prestante
Ao que quero tanto.
Resgate, que sem vontade,
Permaneço sedento,
Poento, mas o tormento
Não imponho, não aguento.
Sei ceifar os unguentos
Do teu corpo, ao repouso
Morto, do que só será contento.
Transeunte de desejos,
Meus anseios não findarão,
Lograrão o que é contraditar,
Impugnar, desagradar.
O que foi de ser só,
O que há de ser só,
O que será só, solidão.



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