sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Maré de dois barcos



Ao encontro do mar
Velejei em tua riqueza
E em tua pele negra
Desvendei a tua tristeza

Ao repouso, do vento morno
De uma tarde de domingo
Percebi que o que veio chorando
Fez retorno sorrindo

Da calmaria de um crepúsculo
E do teu colo largo
Fomos amantes do tempo
Pseudo apaixonados

Nossos atos e anseios
Foi tomado por quimeras
Intocado pelos excessos
Na medida em que deveras

Hoje já percebo mais
Na maré de dois barcos
Que o encontro com teu porto
No teu cais
Nunca estive ancorado